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INFORMAÇÕES E REFLEXÕES NECESSÁRIAS
Nas mulheres, a puberdade pode ser caracterizada por uma sequência de eventos: o desenvolvimento das gônadas, dos órgão sexuais, das mamas, o crescimento de pelos pubianos e a ocorrência da menarca (a primeira menstruação). Dá-se, assim, o início do ciclo menstrual da menina. É um marco – um fenômeno que representa a transição da infância para a adolescência. É importante, belo, mas também conflituoso. Atualmente, as meninas são mais bem informadas sobre esse processo e muitas são bem amparadas nessa complexa transformação. A informação e o apoio são os principais aliados para a manutenção do bem-estar.
Os estudos sobre a idade da menarca¹ indicam que a faixa média no Brasil é de 10,9 a 13 anos. A idade da menarca é ainda menor em países desenvolvidos. Na Dinamarca, por exemplo, a idade da menarca caiu de 17 anos, no fim do século XIX, para, aproximadamente, 13 a 13,5 anos no início do século XX. Em vários países do mundo, após os anos 80, esse índice tem apresentado uma tendência à estabilização.
Uma série de alterações físicas começam a surgir nessas garotas de 10,9 a 13 anos. Por exemplo, é parte constituidora do processo de transformação hormonal engordar. O corpo se prepara para acomodar mais gordura, e esse é um processo bom, saudável e necessário. As mamas crescem (processo fisiológico nomeado telarca), os mamilos mudam de coloração e tamanho, os primeiros pelos pubianos aparecem (processo denominado pelarca) e, nesse processo, todo acolhimento, bom humor, conhecimento e empatia é fundamental para garantir a autoaceitação da garota. A pressão negativa que sofrem as meninas do Brasil varia de acordo com a consciência e compreensão dos indivíduos de seu espectro, sejam eles da família, da escola, da rua, do shopping, da televisão, da revista, das redes sociais e assim por diante. A mensagem de maior peso veiculada é a de que as meninas devem sentir nojo de si mesmas; devem estranhar e odiar o próprio corpo; devem ter vergonha pelo processo que estão passando; e que devem se submeter aos assédios que sofrem nesse processo. É importante explicitar a mensagem embutida, por exemplo, nas fotografias de revistas, nos discursos de celebridades, na publicidade – ou seja, na cultura vigente – para que seja possível defender-se dela.
Uma cultura que zela pelo bem-estar das meninas é capaz de dar atenção, acolhimento, empatia e conhecimento necessários para que a menarca seja positiva e transformada em um importante rito de passagem da infância para a adolescência. Para alcançar a autoaceitação, é importante, antes, conhecer-se. A menarca é um marco do início de um processo que exige um mergulho emocional, psíquico e corporal em si. É, inevitavelmente, profunda. Amparar é mais do que necessário – é uma obrigação que a comunidade deve às meninas do Brasil.
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Referências:
¹Dados extraídos de: G. de Carvalho, Wellington Roberto; Santos Farias, Edson; Guerra-Júnior, Gil A idade da menarca está diminuindo? Revista Paulista de Pediatria, vol. 25, núm. 1, marzo, 2007, pp. 76-81 Sociedade de Pediatria de São Paulo São Paulo, Brasil.